segunda-feira, 10 de maio de 2010

Hoje, eu pertenço a Ti!

“Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si.Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor.Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor” Rm 14:7,8
    
     Antes que eu pense que qualquer coisa venha a ser minha, ela pertence ao Pai, logo, não me pertencendo mais.E esse "pertencer", que cabe somente a Ele, que traz à tona o sentido de todas as coisas. Tudo pertence a Deus, porque tudo é obra das mãos Dele.A Bíblia fala que nós nascemos para o louvor da Sua glória(Ef. 1:12).Essa é a razão de darmos o nosso melhor a cada dia, fazendo aquilo que nos vem às mãos para fazer, de maneira bem feita, lembrando que Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas(Rm 11:36).A Ele, a devida glória, domínio, majestade e tudo o que temos e somos.É o mínimo que podemos fazer diante do sacrifício da cruz e de Seu tão grande amor por nós, demonstrado dia após dia.
     Nossa família, estudos, emprego, relacionamentos, tudo isso e muito mais são obras de Suas mãos.Vemos isso quando notamos pessoas que se vangloriam por tudo o que “tem”, mas que, na verdade, de fato, nada possuem e que, cedo ou tarde, acabam perdendo aquilo que pensava ser obra de seus esforços.É por isso que continuo dizendo: deixemos títulos, posições e glórias tão somente para Aquele que é merecedor de todas essas coisas.Jesus não é como você, Ele não ta querendo “aparecer” pra que você o note, mas sim, existir e reinar na sua vida, preenchendo seus pensamentos e guiando suas atitudes.
     Para que você possa, de fato, pertencer a Deus é necessário despojar-se da multidão dos seus erros, negar suas próprias vontades(Gl 5:24), e rejeitar aquilo que as pessoas facilmente aceitam.É necessário que, no lugar do homem natural que não compreende as coisas do Espírito de Deus, passe a existir o homem espiritual que sabe discernir o que é certo e o que é errado, tudo à luz da palavra de Deus(I Co 2:14,15).
     No papel de seres pertencentes a Ele, precisamos, de forma espontânea(o que é essencial), buscar sermos íntimos Daquele a quem pertencemos.A intimidade é vista, primeiramente, no nosso comportamento quando oramos, se nos demoramos em Sua presença ou ansiamos e contamos o segundos para aquela cansativa oração, que já se tornou chata, acabar de vez.A partir daí, a oração passa a se chamar de obrigação.Ela se torna assim, principalmente quando o desejo de fazer coisas legais que te proporcionam lazer, assume um grau de prioridade muito maior do que o de conversar com Deus.E assim, as brechas vão sendo abertas e o brilho do Espírito Santo vai deixando de existir.
     Diante de tais circunstâncias, a vida com Jesus, para você, perdeu a graça.Já não há mais o prazer em agradecer e compartilhar sobre seus dias e angústias, ou quem sabe tá tudo tão bem, ou então, Deus tá te negando aquilo que você tanto quer, mas que, segundo você mesmo(a), se encaixa perfeitamente em seus objetivos pessoais e, se você não o tiver, vai ser profundamente infeliz por isso.Os seus sonhos passam a ser tão “seus” que Deus não cabe mais neles.De um lado, você perdeu o prazer pelas coisas de Deus, do outro, Ele perdeu o prazer de ouvir a “sua parte” sendo feita, no final de cada dia.Já não é aquela velha oração que Ele tanto se alegrava em ouvir.A relação está desgastada, não há mais amizade.Você já não caminha segurando em Sua mão.Agora é Jesus de um lado e você de outro.
     Ainda que todas essas coisas estejam acontecendo em sua vida, Deus, como um Deus de amor e perdão, que Ele é, continua de braços abertos para quando você quiser voltar a pertencer a Ele.O Senhor está disposto a continuar a escrever a história que outrora era escrita, onde você trilhará caminhos bem maiores do que aqueles a que está acostumado a andar e que não se enquadram mais a sua velha ideologia de vida.
     Que “pertencer a Jesus”, para você, não seja um “pertencer” tímido, mas que seja exalar o bom perfume de Cristo, de forma visível, para que todas as pessoas que te conhecem e as que ainda te conhecerão, sintam o doce aroma do Senhor pela sua maneira de se expressar, seus gestos e ações, a fim de que elas saibam a Quem você pertence, no sentido de que se inspirem no seu modo de viver, tendo o desejo de conhecê-Lo e, assim como você, a Ele pertencer.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Efemeridade da vida

     “(...)Que é a vossa vida?Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” Tg 4:14


      O verdadeiro "viver" está muito além do que o pensamento humano diz que ele seja.Nossa vida não se resume a um site de relacionamentos, no que as pessoas vão achar de nós, nem no que, muitas vezes, aparentamos ser, mas naquilo que está dentro de nós e que nos faz sermos quem somos. Hoje vivemos, e amanhã só o Senhor sabe se continuaremos a viver. Ao acordarmos todos os dias somos presenteados por momentos que passam rápido e que precisam ser intensos. Nossas ações precisam gerar frutos duradouros, frutos que não ficarão na terra, mas que devem se prolongar até a tão sonhada vida eterna nos céus com Jesus.
     E ao pensar nas antigas e atuais ações e acontecimentos, vejo quão efêmera é a vida!Hoje, somos, amanhã não mais seremos. E não é preciso esperar que alguém jovem e cheio de vida morra de forma inesperada, para notar isso. Isso está tão diante de nossos olhos. E, então, fico a pensar: o que temos feito de nós mesmos? Temos, de fato, vivido as chamadas “coisas simples da vida”?Parte-me o coração ver que, na maior parte das vezes, a resposta é não. Não, não há intensidade, não há sentido, tem-se adotado um “deixa a vida me levar” como filosofia de vida. Ao mesmo tempo, temos perdido tempo com tantas pequenas coisas.É uma briga no trânsito, uma rixa pela conquista de mais poder do que o outro, uma tentativa de mostrar que “existe”.E esse é o verdadeiro e tão questionável problema: muitos existem, poucos vivem.
     Devemos pensar muito naquilo que vamos deixar quando morrermos, se mágoas ou boas lembranças, se uma imagem de alguém que tentou “ser” ou o reflexo de alguém que “foi” de verdade.Eu não sei você, mas eu não quero partir com o pensamento de que “queria ter amado mais, ter chorado mais...”.Quero ter a certeza de que amei com todo o amor de minha alma, de que chorei o suficiente pra amenizar minhas dores e de que as emoções foram, sim, vividas e sentidas.Posso partir não tendo feito a vontade das pessoas e, muitas vezes, por saber o que era certo e errado, ter rejeitado meus próprios desejos, mas tendo tido a vontade de Deus como primazia, para mim, isso é o que verdadeiramente importa e me completa.
    Talvez seja jovem demais para pensar em tudo isso, mas não quero esperar a velhice para pensar sobre o que a vida tem sido pra mim.A verdade é que não sabemos o quanto mais de vida Deus tem para nos proporcionar.Precisamos construir um sentimento de realização dentro de cada um de nós por todas as nossas ações e, antes que sejamos realizados, realizar.Realizar para nós mesmos, para as pessoas e, sobretudo, pra Deus, resgatando as obras feitas por Jesus e fazendo-as maiores ainda aqui na terra.
    Viver é uma dádiva, um presente.Um presente que não pode ser devolvido, sequer trocado.É seu, está em Suas mãos, você faz dele o que quiser, mas também se alegra ou sofre pelas sementes plantadas(Ec 11:9).Diante disso, espero, de todo o coração, que você possa um dia(muito distante, espero eu), fechar esse ciclo da forma que Deus planejou para você, depois de ter vivido 100% de tudo o que Ele sonhou para você.
     Que Deus o(a) abençoe!